Palmares

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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Chuva: Prefeitura pede que pessoas não saiam de casa – Varela Notícias

Escola ameaça expulsar menina por causa do cabelo “crespo e armado”


Uma menina de 12 anos foi ameaçada de expulsão pela escola particular onde estuda na Flórida, nos Estados Unidos, caso não cortasse e mudasse o estilo de seu cabelo. Vanessa VanDyke tem os cabelos crespos e com volume, e segundo sua família, recebeu o prazo de uma semana para decidir se iria cortar os fios ou deixar a escola.
O caso gerou muita repercussão nos EUA, e a escola Faith Christian Academy de Orlando disse nesta semana que não está exigindo que a menina corte os cabelos para continuar frequentando o estabelecimento e que “apenas” querem que ela mude o estilo para se adequar aos padrões da instituição.
De acordo com a família de Vanessa, na última semana um conselheiro da escola avisou à mãe da menina que ela alisasse ou cortasse seu cabelo da filha, ou a criança poderia ser expulsa. A família não cogitou fazer as mudanças, pois o cabelo da menina faz parte de sua identidade. “Ele mostra que sou única. Eu gosto desta maneira. Eu sei que as pessoas vão me provocar porque ele não é liso, mas eu não ligo”, contou Vanessa.
A escola onde Vanessa estuda tem códigos de vestimentas e regras sobre como os alunos podem usar seus cabelos. “Os cabelos devem estar na cor natural e não devem ser uma distração”, dizem as regras, que citam como exemplos que não podem ser utilizados moicanos e raspados. “Uma distração para uma pessoa não é distração para outra”, argumenta Sabrina Kent, mãe de Vanessa. “Você pode ter uma criança com espinhas no rosto. Você vai chamar isso de distração?”
Vanessa contou que usa seu cabelo longo e armado desde o início do ano, mas ele se tornou uma questão para a escola depois que sua família reclamou das provocações feitas pelas outras crianças. “Houve pessoas que a provocaram por seu cabelo, e me parece que estão culpando-a por isso”, disse Sabrina. “Vou lutar pela minha filha. Se ela quer usar o cabelo assim, ela vai mantê-lo assim. Há pessoas que podem pensar que usar o cabelo natural não é apropriado. Mas ela é bonita assim.”
Responsáveis pela escola disseram em um comunicado que não estão pedindo que a menina use produtos ou corte seu cabelo, mas que ela o modele de acordo com as regras da escola.
Fonte: Brasília em Pauta

domingo, 24 de novembro de 2013

Fabricantes terão que diminuir ruídos de liquidificadores, aspiradores e secadores.



Rio de Janeiro - A partir do dia 20 de fevereiro de 2014, os fabricantes de liquidificadores, aspiradores de pó e secadores de cabelo terão que se adequar a nova rega do Programa Nacional de Educação e Controle de Poluição Sonora e Silêncio e diminuir o nível de ruídos dos aparelhos. A iniciativa é uma parceria do Programa Brasileiro de Etiquetagem do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O objetivo do projeto é combater o barulho emitido pelos eletrodomésticos do país.

Os eletrodomésticos, nacionais ou importados, terão o Selo Ruído que deve estar visível ao consumidor. O selo terá a marca do Inmetro e do Ibama e deve ser colado no produto ou em sua embalagem para informar ao consumidor a potência sonora dos aparelhos, para que o consumidor possa escolher na hora da compra o produto que tenha o menor nível de potência sonora.

De acordo com o Inmetro, o programa irá orientar o consumidor na hora de escolher eletrodomésticos mais silenciosos, estimular os fabricantes a produzir produtos com níveis de ruídos cada vez menores e proporcionar mais conforto ao cidadão. "O Inmetro recebeu reclamações, por exemplo, de consumidores que hoje precisam fechar todas as portas e janelas na hora de usar um liquidificador ou aspirador de pó por causa do barulho. O consumidor precisa de uma relação de conforto acústico em sua residência, além de obter as informações sobre o ruído produzido pelos eletrodomésticos de forma mais transparente", disse o responsável pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem do Inmetro (PBE), Marcos Borges.

Ainda de acordo com Borges, os produtos usados em salão de beleza não estão inclusos na regra e o foco do Inmetro são os produtos comerciais. “A frequência e período dos aparelhos que ficam expostos incomodam as pessoas, mas não prejudica a saúde. É só em questão de conforto mesmo".
O Inmetro começará a fiscalizar os fabricantes e a entrada dos produtos no país e quem não se adequear a nova regra terá o prazo de seis meses para retirar as mercadorias de todo o comércio. Em agosto de 2016, a fiscalização do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), vai penalizar a empresa que descumprir a regra por meio de uma multa.

Nos próximos dois anos, o Inmetro vai estudar a implementação da classificação sonora para máquinas de lavar e dos aparelhos de ar condicionado. "O processo dura dois anos, pois temos que estabelecer a regulamentação por meio de debates com associações, entidades de defesa do consumidor, entre outras, para estabelecer os critérios corretos. Depois tem o prazo de adequação para a indústria certificar os produtos e se adequar à nova regra e depois nós vamos fiscalizar", explicou.
Edição: Fábio Massalli.

Fonte: 

  • Direitos autorais: Creative Commons - CC BY 3.0





sexta-feira, 22 de novembro de 2013

10 mulheres negras de destaque
Políticas, modelos, jornalistas, artistas... Seja qual for a profissão, elas influenciaram a sociedade por suas atitudes ou pioneirismo

POR ANDRÉ REZENDE
ISABEL FILLARDIS
Ela é referência no quesito trabalho social, ajudando portadores de cuidados especiais através da campanha A Força do Bem (ela mesma é mãe de uma criança especial). Além disso, de sua preocupação com o meio ambiente nasceu a ONG Doe Seu Lixo, que auxilia na coleta seletiva revertendo lixo em fundos para as questões socioambientais.

FOTO DIVULGAÇÃO/REPRODUÇÃO
CHIQUINHA GONZAGA
A compositora marcou época por sua postura forte diante de uma sociedade machista e preconceituosa. Chiquinha foi a primeira pianista de choro brasileira e autora da primeira marchinha carnavalesca (Ô Abre Alas, de 1899). Quer mais? Foi também a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil.

EMANUELA DE PAULA
Seguindo os passos da inglesa Naomi Campbell, a jovem de 19 anos já é uma estrela nas passarelas do mundo inteiro. Descoberta no Shopping Recife Fashion, a pernambucana logo chamou a atenção pelos traços, cor e medidas perfeitas. É uma das "angels" da famosa grife de lingerie Victoria's Secret e cobiçada pelos principais estilistas do mundo.

RUTH DE SOUZA
Na década de 40, foi co-fundadora do Teatro Experimental do Negro (TEN) - uma nova forma de dramaturgia que ajudou na valorização e no descobrimento de muitos artistas negros. Aos 87 anos, Ruth tem vasta experiência na TV, cinema e teatro e é considerada uma das grandes damas da dramaturgia brasileira.
BENEDITA DA SILVA
Carioca, de 62 anos, ativista do movimento negro e feminista entrou para a história da política nacional como a primeira senadora negra do Brasil. É dela o projeto de lei da licença maternidade de 120 dias. Um símbolo da ascensão dos negros e mulheres na política brasileira.

ELISA LUCINDA
Atriz de TV, cinema e teatro, cantora, jornalista e escritora. Mas o que destaca essa versátil capixaba de 51 anos são os versos recheados de sensações do cotidiano. Elisa é considerada uma das mais talentosas poetisas brasileiras da atualidade. Promove saraus e criou a Associação de Estudo de Declamação.


ZEZÉ MOTTA
Estreou em 1967 na peça Roda Viva e ganhou fama internacional interpretando a escrava Xica da Silva no filme de mesmo nome, em 1976. Atriz, cantora e militante, foi uma das fundadoras do Centro Brasileiro de Informação e Documentação do Artista Negro (CIDAN), em 1984, como objetivo de abrir espaço para outros negros talentosos.

FOTO MICHEL ÂNGELO/ RECORD
LÉA GARCIA
Uma das "crias" do Teatro Experimental do Negro, a experiente atriz foi estrela do filme Orfeu do Carnaval, ganhador da Palma de Ouro em Cannes e Oscar de melhor filme estrangeiro em 1958. Por sua atuação, ficou em segundo lugar na disputa de melhor atriz no badalado festival francês.

TAÍS ARAÚJO
Atriz, jornalista e muito talentosa, quebrou barreiras com apenas 17 anos ao ser a primeira atriz negra a protagonizar uma novela brasileira, Xica da Silva, em 1996, na TV Manchete. Em 2004, ganhou novamente o papel principal em Da Cor do Pecado, na Globo, fato até então inédito na emissora carioca.

GLORIA MARIA
Não foi a primeira, mas, sem dúvida, a mais importante e respeitada jornalista da TV brasileira até o momento. Sua fama extrapolou os limites da profissão - com muitas reportagens especiais e viagens exóticas à frente dos mais importantes telejornais da Globo -, e hoje tem status de celebridade.

Fonte:

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

iBahia - Dia da Consciência Negra tem programação especial no Pelourinho

Dia Nacional da Consciência Negra


No dia 20 de novembro comemora-se o Dia Nacional da Consciência Negra, 
em homenagem à morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.

O quilombo era uma localidade situada na Serra da Barriga, onde escravos se refugiavam. Com o passar dos anos, chegou a atingir uma população de vinte mil habitantes, em razão do aumento das fugas dos escravos.

Os escravos serviam para fazer os trabalhos pesados que o homem branco não realizava, eles não tinham condições dignas de vida, eram maltratados, apanhavam, ficavam amarrados dia e noite em troncos, eram castigados, ficavam sem água e sem comida, suas casas eram as senzalas, onde dormiam no chão de terra batida.




Muitas pessoas eram contra essa forma de tratar os negros e várias tentativas aconteceram ao longo da história para defender seus direitos. Em 1871 a Lei do Ventre Livre libertou os filhos de escravos que ainda iriam nascer; em 1885 a Lei dos Sexagenários deu direito à liberdade aos escravos com mais de sessenta anos.

Mas Princesa Isabel foi a responsável pela libertação dos escravos, quando assinou a Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, dando-os direito de ir embora das fazendas em que trabalhavam ou de continuar morando com seus patrões, como empregados e não mais como escravos.



O dia da consciência negra é uma forma de lembrar o sofrimento dos negros ao longo da história, desde a época da colonização do Brasil, tentando garantir seus direitos sociais.
Hoje temos várias leis que defendem esses direitos, como a de cotas nas universidades, pois acredita-se que, em razão dos negros terem sido marginalizados após o período de escravidão, não conseguiram conquistar os mesmos espaços de trabalho que o homem branco.

Na época da escravidão os negros não tinham direito ao estudo ou a aprender outros tipos de trabalho que não fossem os braçais, ficando presos a esse tipo de tarefa.
Muitos deles, estando libertos, continuaram na mesma vida por não terem condições de se sustentar.



O dia da consciência negra é marcado pela luta contra o preconceito racial, contra a inferioridade da classe perante a sociedade. Além desses assuntos, enfatizam sobre o respeito enquanto pessoas humanas, além de discutir e trabalhar para conscientizar as pessoas da importância da raça negra e de sua cultura na formação do povo brasileiro e da cultura do nosso país.

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia


segunda-feira, 18 de novembro de 2013


A genialidade afro
Salve gente da pele café, ouro negro do mundo inteiro!

MARGARETH MENEZES, CANTORA E COMPOSITORA



Estava ansiosa para escrever a coluna deste mês e dividir com vocês algo que descobri e me deixou surpresa e feliz! Entre tantas atribuições de trabalho, busquei um tema para esta coluna AfroPop, que estou adorando fazer. Algo que me chamou a atenção, e que tem me comovido por tudo que esse grande herói vivo simboliza para todos, é a luta de Nelson Mandela pela vida.

Lendo sobre o Sr. Mandela tive uma ideia que foi como um clarão: escrever sobre outros homens e mulheres afrodescendentes que tenham dado suas contribuições ao mundo de alguma forma. Fui além e cheguei até os 'negros e negras cientistas e inventores', e foi aí que começou a minha descoberta.

Descobri um livro chamado "Negras e Negros Inventores, Cientistas e Pioneiros - Contribuições para o Desenvolvimento da Humanidade", escrito pelo professor Carlos Machado, mestre em História pela Universidade de São Paulo (USP). Em uma entrevista, o professor explica que chegou à ideia do livro, aos 25 anos, depois de ver uma publicidade da rede de fast food McDonalds na revista americana Ebony, em 1996, que homenageava o povo afro-americano. Na página, ilustrações de objetos como geladeira, semáforo, caneta tinteiro e a mensagem "Cada vez que você usar uma dessas coisas, estará celebrando a história do povo negro".

Fiquei surpresa porque, apesar da certeza das nossas potencialidades e inventividade perante as adversidades da vida, eu nunca soube nada sobre essas pessoas e seus inventos, tão utilizados por todos nós e no mundo inteiro. Ainda não tive acesso ao livro, mas quero citar alguns desses grandes colaboradores da humanidade e da sociedade contemporânea.



Para começar, descobri que foi um homem negro, chamado George Washington Carver - botânico e pesquisador no Instituto de Tuskegee, no Alabama - que inventou, no século XIX, o índigo, usado até hoje para colorir jeans, e que na época salvou a indústria americana da crise dos corantes. Carver criou derivados do amendoim, a gasolina de nitroglicerina e centenas de produtos a partir de plantas. Thomas Edison ficou impressionado com suas descobertas e o convidou para trabalhar em sua empresa de invenções.

Além dele, a lista de negras e negros inventores é imensa. O Dr. Lewis Latimer foi quem, em 1876, desenhou o primeiro projeto de telefone para Graham Bell, além de ter criado o filamento de carbono que deixa lâmpadas acesas por mais tempo. Alexandre Milles criou o sistema de proteção automática para impedir que as portas de elevadores se abram quando o equipamento está ausente, e patenteou o elevador, em 1887. O também norte americano John Standard foi quem inventou o refrigerador, em 1891. Mais contemporâneo, Mark Dean, PhD por Standford, possui três das nove patentes de PCs da IBM e liderou a equipe que criou o processador de 1 GHz.

"LENDO SOBRE O SR. MANDELA TIVE UMA IDEIA QUE FOI COMO UM CLARÃO: ESCREVER SOBRE OUTROS HOMENS E MULHERES AFRODESCENDENTES QUE TENHAM DADO SUAS CONTRIBUIÇÕES AO MUNDO DE ALGUMA FORMA"

Entre as mulheres, Linda Newman inventou, em 1898, a escova de cabelo. Alice Parker foi a inventora do aquecedor. A Dr. Patricia Bath, em 1981, inventou a sonda laser que é usada para fazer cirurgias nos olhos até hoje. Mais recentemente, a Dra. Ana Macwan, pesquisadora e cientista, passou a integrar o grupo que trabalha na criação de aviões na NASA.
Entre tantas descobertas, fica aqui a minha sugestão à Revista Raça para a criação de um espaço que mostre esses e outros inventores e traga ao conhecimento da população as histórias desses heróis que pude descobrir inspirada pelo Mandela. Esse trabalho não pode ficar escondido. O que nos fez alheios a respeito dessas mentes brilhantes foi o racismo, essa doença que corrói a humanidade. É lamentável a ocultação das invenções e descobertas científicas assinadas por mulheres e homens negros.

Mas, ainda bem, estamos vivendo novos tempos! Acredito e espero que, no futuro, descobertas científicas e tecnológicas sejam vistas e valorizadas unicamente como avanços à humanidade, sem que seus gênios criadores sejam alvo de preconceitos de cor ou gênero. E que essa forma estúpida de discriminação suma pelo menos das escolas e universidades. A verdade sobre os fatos é um direito para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. "Viver e não ter a vergonha de ser feliz", dizia o grande poeta Gonzaguinha. É isso que o povo afro brasileiro quer. Viva os negros e as negras inventores, cientistas e revolucionários!

Fonte:
 


sábado, 16 de novembro de 2013

Novos membros da Comissão Especial da Igualdade Racial da OAB tomam posse


Foi empossada na noite de ontem (30), a Comissão Especial da Igualdade Racial da OAB-BA, que tem como presidenta a advogada Patrícia Lacerda Trindade de Lima. Integram a comissão os advogados: Denis Márcio Jesus Oliveira, Edilene Alves Ferreira, Isaura Genoveva de Oliveira Neta e Germana Pinheiro de Almeida, e como colaboradora a advogada Lílian Rosa da Conceição.
A presidenta da comissão afirmou que a luta contra a desigualdade é indispensável para a um progresso real do Brasil. “A comissão tem uma vasta atuação e será mais um órgão que estará lutando por uma sociedade mais justa. Os negros e afro-brasileiros, ocupam na maioria das vezes, espaços menores, não possuem a possibilidade de mostrar seus talentos, porque encontram barreiras herdadas da época escravocata. Não podemos permitir que esse modelo se perpetue, por isso precisamos mostrar as pessoas que a descriminação racial está ai, e que precisamos agir, para a tão sonhada igualdade racial seja efetivada”, disse Patrícia Lacerda.
A cerimônia contou com a participação do presidente da OAB-BA, Luiz Viana, do secretário da promoção da igualdade racial, Elias Sampaio, representando o governador Jaques Wagner; de Nilton Vasconcelos, secretário estadual de trabalho emprego, renda e esporte(SETRE); e do vereador Waldir Pires.
Para Elias Sampaio, essa posse é um marco histórico que merece ser reverenciado.  “Com essa comissão tenho a certeza que a parceria entre a OAB-BA e a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial vai se estreitar ainda mais. A maioria dos integrantes são mulheres, jovens e negros, o que simboliza o emponderamento daquele que é o principal alvo do racismo. Neste mês vamos inaugurar a sede da Rede de Combate ao Racismo e Intolerância Religiosa, congregando 21 órgãos, que vai possibilitar combater esses crimes de forma mais rápida e eficaz. Nesse órgão a comissão será uma grande parceira no combate ao problema que é um grande entrave o desenvolvimento do país”, avaliou o secretário.

Foto: Angelino de Jesus (ASCOM OAB/BA)
Fonte:



quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Seminário avalia os 10 anos da Lei que estabelece a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira

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  • “Dez Anos da Lei nº 10.639/2003 – conquistas, desafios e perspectivas”. Com esse tema foi iniciado na terça-feira (01/10), no Centro de Convenções da Bahia, o seminário que debate a estruturação e o a efetivação da lei que estabelece a obrigatoriedade do ensino, em todas as escolas do País, sobre a História e Cultura Afro-Brasileira. O seminário termina na quarta-feira (02/10).
    O evento foi iniciado com  apresentação do Coral Estudantil da Bahia, que surpreendeu o público com sua qualidade técnica ao entoar o hino da Bahia. O seminário contou com mesas-redondas, grupos temáticos, troca de experiências, lançamento de livros e exposições artísticas. No primeiro dia, ocorreu um simpósio onde foram abordados quatro temas: Articulando currículos – diálogos entre a universidade e educação básica; A Laicidade da Educação – Diálogos entre o marco legal e a prática pedagógica; Políticas Educacionais para a Juventude Negra – Acesso e permanência; Interseccionando raça, gênero e sexualidade na  escola.
    No segundo dia, o público formado por professores, coordenadores pedagógicos, pesquisadores, gestores, e representantes de universidades, movimentos sociais e órgãos públicos, participaram de outro simpósio temático, centrado em quatro eixos: Relações étnico-raciais nos currículos da Educação Básica: do PPP à sala de aula; Práticas Pedagógicas Exitosas na Implementação da Lei 10.639 – Limites e possibilidades; Educação Escolar Quilombola – Desafios contemporâneos e Relações Raciais nos materiais didático-pedagógicos -  entre o estereótipo e a positivação.
    A superintendente de Desenvolvimento da Educação Básica da Secretaria da Educação, Amélia Maraux, destacou que oseminário é “um momento histórico” na educação baiana. “Estamos comemorando essa conquista em um encontro que marca a continuidade de um processo que vem sendo desenvolvido pelo Estado por reconhecer a importância dos estudos africanos e afro-brasileiros na formação dos nossos estudantes, dentro de uma política de educação que tem como objetivo à melhoria dos nossos indicadores em uma estratégia de enfrentamento ao racismo e criminalidade”.
    Ângela Guimarães, Secretária Adjunta da Secretaria Nacional da Juventude, disse que o encontro marcou um processo do entendimento da importância dos estudos afro-brasileiros na formação dos estudantes, porém que a sua efetivação plena é necessária. “Precisamos concretizar a implementação dos conteúdos no ensino para realizarmos um resgate histórico de identidade em nosso país. Com a lei, o Estado reconhece que ele tem um importante papel no enfrentamento ao racismo e que isso deve ser feito a partir da base de ensino construindo um percurso digno para o estudante, abrindo seus horizontes para que eles possam reconhecer seu passado com toda a sua importância na construção de nossa nação”, declarou a secretária.
    O secretário estadual de Promoção da Igualdade Racial, Elias Sampaio, afirmou que “o lugar de combater o racismo institucional é nas escolas porque é lá que temos a maioria da população negra do nosso Estado”.  Na oportunidade, Elias Sampaio, também declarou  que a lei não pode ser vista apenas como um marco legal. “Na verdade, precisamos refletir que a lei é o principal instrumento contra a hegemonia racista que está presente desde a construção e formação da sociedade brasileira”, pontuou.

    Fonte:

    terça-feira, 12 de novembro de 2013

    ONU aprova Década do Afrodescendente a partir de 2013


    O ano de 2013 pode marcar o início de um período de aprofundamento do debate sobre os direitos da população afrodescendente. A Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução contra o racismo e a discriminação racial e propondo o período de 2013 a 2022 como a Década do Afrodescendente. O documento ainda precisa ser ratificado pela Assembleia-Geral das Nações Unidas para que a década seja oficialmente proclamada.
    A Resolução contra o Racismo e a Discriminação Racial foi aprovada no final de novembro por 127 a 6 (Austrália, Canadá, Israel, Estados Unidos, Ilhas Marshall e República Tcheca) e 47 abstenções. O texto solicita que o presidente da Assembleia-Geral abra processo preparatório informal de consultas intergovernamentais com vistas à proclamação da década, cujo título é Reconhecimento, Justiça e Desenvolvimento.
    “A resolução aprovada pede que se inicie um processo de interlocução com os países-membros, visando discutir a implantação da década. Ela também é importante porque dá mais visibilidade ao tema nos fóruns internacionais, o que faz com que os países-membros da ONU comecem a dar importância à temática”, explica o assessor internacional da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), diplomata Albino Proli. A Assessoria Internacional da secretaria colaborou significativamente no processo de negociação do texto.
    Proli destaca que a resolução também recomenda aos 192 países-membros diretrizes políticas para atender às demandas da população negra no mundo. “A resolução reafirma os propósitos de combate ao racismo e promoção da igualdade racial em nível mundial, já firmados na 3ª Conferencia Mundial contra o Racismo, a Xenofobia, a Discriminação Racial e Intolerância Correlata, que aconteceu em Durban no ano de 2001”.
    O diplomata explica que a ideia da década surgiu dos movimentos sociais negros e que o processo se intensificou depois da Cúpula Ibero-americana de Alto Nível em Comemoração ao Ano Internacional dos Afrodescendentes, em Salvador, no final de 2011. “Houve uma interlocução com os movimentos e na Declaração de Salvador consta o apoio à realização de uma Década Afrodescendente.”
    O Brasil é o país do mundo com o maior número de afrodescendentes, equivalente a 100 milhões de pessoas, segundo o Censo 2010. Proli destaca que o governo brasileiro participou da elaboração da resolução e propôs a criação de um observatório de dados estatísticos sobre afrodescendentes na América no Sul e no Caribe e a criação de um fundo ibero-americano em benefício dos afrodescendentes.
    A expectativa é que a proclamação da Década Afrodescendente contribua para a criação de um fórum permanente sobre essa população que seja criada uma Declaração Universal dos Direitos dos Povos Afrodescendentes. “Anos atrás, quando a ONU decretou a Década dos Povos Indígenas houve uma série de atividades e debates que resultaram na criação do fórum permanente dos povos indígenas e a criação da Declaração Universal dos Povos Indígenas,” observa Proli.


    domingo, 10 de novembro de 2013

    Mãe Obá é homenageada com a 
    Medalha Zumbi dos Palmares

    Em um momento marcado por intensas emoções, Terezinha Souza Barbosa, a Mãe Obá (Obá Inã), recebeu na noite de segunda-feira (01/10), a Medalha Zumbi dos Palmares, na Câmara de Vereadores de Salvador, em reconhecimento ao trabalho social que desenvolve no bairro São Caetano em Salvador. Mãe Obá é reconhecida por ter se tornado ao decorrer de sua trajetória uma das maiores referências da cultura, como bailarina do Balé Folclórico do Solar do Unhão, e da religião de matriz africana, sendo a responsável pelo terreiro Ilê Axé Obá Inã.
    A Medalha Zumbi dos Palmares é concedida a pessoas, grupos ou entidades que se destacam em diversos setores da sociedade, na luta pelo combate ao racismo e a favor da cultura afrodescendente. De acordo com o vereador Moisés Rocha, proponente da iniciativa, “Mãe Obá já foi vítima de muita intolerância religiosa, mas resistiu e hoje é reconhecida pelo trabalho social. É uma referência para a comunidade e mesmo numa área de influência do tráfico de drogas ela consegue fazer com que haja respeito e convivência harmônica. Ela é uma guerreira respeitada, digna da medalha Zumbi dos Palmares”, declarou o vereador.
    O secretário estadual de Promoção da Igualdade Racial, Elias Sampaio, destacou que “Mãe Obá e os terreiros, assim como o povo de santo, não permitiram que a história do povo negro fosse esquecida”. Comentou ainda sobre o prazer de estar presente nesta cerimônia que prestou homenagem a uma fonte viva de conhecimento, que tanto contribui para a sociedade.
    Em um plenário lotado, a homenageada da noite ao lado dos filhos Patrícia, Luizinho, Tatiana e Elisângela, não conteve a emoção ao declarar: “Hoje é um dia de festa no meu coração, lembro como foi difícil receber esse dom, relutei bastante, não por falta de fé, mas pelo receio da responsabilidade que teria, mas não era dona de meu destino, aceitei o desafio e nunca me arrependi. Por isso, aconselho aos mais novos, nunca desistam do que acreditam, porque nada nos pertence mais que os nossos sonhos.” Após a fala, Mãe Obá, clamou pelos orixás pedindo por paz, cantou para Xangô e agradeceu ao espírito de seu Babalorixá, Valdomiro Ajagunã, pelo momento.
    Fonte:

    sexta-feira, 8 de novembro de 2013

    5 opções que vão além das aulas de idioma!

    Nesses cursos, além de aprender uma língua estrangeira, você pode trabalhar ou fazer cursos em áreas de interesse específicos. Confira!
    Quem tem vontade de fazer intercâmbio tem cada vez mais opções de cursos disponíveis, que adequam ao seu desejo, orçamento e tempo disponível.
     
    CAPRICHO foi ao Salão do Estudante 2013 e selecionou algumas novidades bem bacanas para você. 
     
    PARA QUEM QUER ESTUDAR CINEMA

    Escola: Metfilm school, que tem sedes em Londres e em Berlim
    O que oferece: Além de cursos de graduação, também oferece cursos curtos, a partir de duas semanas de duração, sempre com temas relacionados a cinema. Filmes como Um Lugar Chamado Notting Hill e A Rainha foram feitos por alunos dessa escola. 
    Ponto extra: Recebe alunos de todos os cantos do mundo. Segundo dados da escola, 50% dos alunos são ingleses, 25% vem dos outros países da Europa e 25% são de outros países do mundo. 
    Indicado para quem: tem a partir de 16 anos e ama cinema. 
    Preço: Varia de acordo com a duração do curso. O mais barato (de quanto tempo?) custa 800 libras. 
    Contato: info@metfilmschool.co.uk
    PARA QUEM AMA MODA

    Escola: Accademia del Lussoque fica em Milão, na Itália 
     
    O que oferece: Cursos de verão de dois meses. A oferta é bem variada. Há cursos sobre negócios, eventos, estilismo, tendências e mesmo conversação baseada em temas de moda. 
     
    Ponto extra: Os parceiros diretos da escola são as grandes grifes internacionais: Louis Vuitton, Prada, Gucci etc. Por isso, a escola garante estágios na área para a maioria dos seus alunos. 
     
    Indicado para quem: tem 15 anos ou mais e tenha uma boa noção em inglês ou italiano (as aulas são ministradas nessas línguas). 
     
    Preço: Varia muito de curso pra curso. Para saber mais entre em contato com a escola!
     
    Contato: adl@accademiadellussi.com

    PRA QUEM QUER FAZER TRABALHO VOLUNTÁRIO

    Quem leva: CI

    O que oferece: Contato com animais selvagens, crianças carentes e comunidades desprivilegiadas da África, Ásia ou América do Sul. O programa é feito na África do Sul, Índia, Namíbia, Botsuana, Peru ou Nepal. O intercâmbio dura de duas a quatro semanas.
     
    Ponto extra: A possibilidade real de ajudar os outros enquanto pratica uma língua estrangeira e conhece a cultura local.
     
    Indicado para quem: tem mais de 16 anos, tem espírito aventureiro e não liga para conforto. É desejável que se tenha 
     
    Preço: África do Sul - cerca de R$ 2 mil;  Namíbia - cerca de R$ 3 mil; Nepal - cerca de R$ 1 mil, Índia - cerca de  R$ 1,6 mil, Peru - cerca de R$ 2,9 mil, Botsuana - cerca de R$ 4 mil.
     
    Contato: (11) 2110-7460
     
    PARA QUEM GOSTA DE CRIANÇAS

    Quem leva: EF 
     
    O que oferece: Esses chamados de tipo Au Pair levam jovens para trabalhar como baby seaters nos Estados Unidos e Europa. Os programas têm duração de 6, 9 ou 12 meses. 
     
    Ponto extra: Você recebe um salário de de U$ 195,75 e bolsa de estudos anual de até U$ 500 (para os intercâmbios de um ano, é obrigatório fazer um curso). Também tem direito a duas semanas de férias remuneradas por ano1 dia e meio de folga por semana e um final de semana de folga por mês. 
     
    Indicado para quem: quer ter uma vivência intensa no exterior, mas não tem grana para se sustentar durante o período. Precisa ser solteira, ter mais de 18 anos, inglês intermediário e carteira de motorista.
     
    Preço: R$ 3060
     
    Contato(11) 2122 9000



    Fonte:



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    Irdeb TVE

    Greenpeace: Liga das Florestas

    Som no Blog - Podcast

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