Palmares

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quarta-feira, 29 de maio de 2013

Okê Aróh



O Ilê Axé Omi Ijexá 

fica em Salvador - Bahia / Brasil

no bairro: Dique Pequeno, nº 40 

na Avenida Vasco da Gama 
(Dique do Tororó)

Ponto de Referência: 
em frente ao Centro Comunitário 

do Dique Pequeno 
ou terceira entrada a direita.

segunda-feira, 27 de maio de 2013


Do Subúrbio a Itapuã: nove pontos da orla serão reformados até a Copa do Mundo


O plano para as obras foi apresentado ontem pelo prefeito ACM Neto



Calçadões, iluminação, quadras, espaço para shows, além de banheiros públicos, ciclovias, bares e restaurantes. Até a Copa do Mundo, nove pontos da orla de Salvador, do Subúrbio a Itapuã, devem receber uma nova cara. A previsão é da prefeitura de Salvador.

O plano foi apresentado ontem pelo prefeito ACM Neto em um encontro na Casa do Comércio entre membros da prefeitura e empresários do trade turístico baiano. Serão contemplados os bairros de São Tomé de Paripe, Tubarão, Ribeira, Rio Vermelho, Jardim de Alah, Boca do Rio, Piatã e Itapuã. Todos receberão novos equipamentos e sanitários públicos, mas cada um terá detalhes próprios.

“A Barra terá o projeto de maior impacto urbano. Divulgaremos o projeto completo logo após o período das chuvas”, afirmou Neto. Sem especificar data para o início das obras, ele afirmou que haverá “uma mudança total” no bairro.
O projeto da Barra incluirá a instalação de um piso compartilhado entre carros de passeio, pedestres e ciclistas. A prioridade será dos pedestres, com o deslocamento do trânsito de veículos para as ruas internas.

O CORREIO havia antecipado alguns dos projetos em março (confira mais detalhes no mapa da página ao lado). Anteriormente, os projetos haviam sido pré-orçados em R$ 32,7 milhões, mas agora a prefeitura preferiu não confirmar a previsão para o custo total das intervenções.

Com um rombo de aproximadamente R$ 3 bilhões da gestão passada, a estratégia principal da prefeitura será captar recursos privados. Responsável pelos projetos, a Fundação Mário Leal Ferreira confirmou que parte dos recursos virão da prefeitura e o restante será captado.

Boêmio Conhecido como bairro boêmio, o Rio Vermelho será um dos primeiros contemplados, segundo Neto. “Como há grande investimento privado previsto para o Rio Vermelho no setor imobiliário, queremos garantir uma contrapartida de pelo menos R$ 10 milhões dos empresários”, afirmou Neto. As obras de requalificação do local irão da praia da Paciência à Igreja de Santana.

No encontro, o prefeito ainda afirmou que assim que a Justiça autorizar o início das obras (a questão da orla está judicializada desde a gestão passada), deslocará os ambulantes que atuam na área. “A intenção é reaproveitar a mão de obra desses ambulantes nos equipamentos instalados na orla”, afirmou Neto.

Na Boca do Rio, um dos bairros contemplados no projeto, o Aeroclube será demolido e um novo shopping construído, com mudanças no trajeto da via que margeia o equipamento. O projeto depende de liberação da Justiça.

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Empresários do turismo pedem ajuda à prefeitura

Embora satisfeitos com o movimento da prefeitura de promover um encontro com o trade turístico, os representantes do setor na capital apresentaram reivindicações e sugestões no encontro de ontem. O presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagem (Abav), Pedro Galvão, pediu ajuda à prefeitura para dar continuidade a um projeto para retirar jovens da rua, levá-los para a escola e transformá-los em guias turísticos mirins, no Pelourinho e Centro Histórico.

“Nos reuniremos com ele (ACM Neto) semana que vem para continuar com o assunto”, afirmou. Silvio Pessoa, presidente do Conselho Baiano de Turismo, criticou a falta de espaços para festas na cidade e apontou a necessidade de retomar a coleta seletiva na cidade. “Fazemos reciclagem nos hotéis, mas depois os resíduos são misturados”.

Matéria original do Correio

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Ora Ye Yê Oh !



O Ilê Axé Omi Ijexá 

fica em Salvador - Bahia / Brasil

no bairro: Dique Pequeno, nº 40 

na Avenida Vasco da Gama 
(Dique do Tororó)

Ponto de Referência: 
em frente ao Centro Comunitário 

do Dique Pequeno 
ou terceira entrada a direita.


quinta-feira, 23 de maio de 2013


Aeroporto de Salvador ganha loja temática com produtos da Copa


Espaço venderá objetos oficiais da Copa das Confederações de 2013 e Copa do Mundo de 2014



Os baianos e turistas que circulam pelo Aeroporto Internacional de Salvador poderão adquirir produtos oficiais das competições esportivas sediadas no Brasil em 2013 e 2014. Uma loja oficial da Copa das Confederações 2013 e Copa do Mundo 2014 será lançada nesta terça-feira (21).

Batizada de Dufry Sports, a loja comercializará camisetas, camisas oficiais masculinas e femininas, canecas, brinquedos, caxirolas, bolas, squeezes e  souvenirs. Localizado na Praça Gago Coutinho, no próprio aeroporto, o espaço terá cerca de 50 m² e funcionará das 5h às 22h.

Leia mais
Aeroporto de SSA tem 6ª melhor avaliação entre os 15 das Copas

Matéria original: Correio24Horas
Aeroporto de Salvador ganha loja temática com produtos da Copa

terça-feira, 21 de maio de 2013


'Movimento HotSpot' divulga programação, com BaianaSystem e Manuela Rodrigues


Manuela Rodrigues, Tais Nader, Dão e Velotroz também estão na grade; projeto busca divulgar a produção criativa em exposição multimídia



Nos dias 24 e 25 de maio, Salvador será palco para um dos maiores festivais de incentivo a talentos criativos de todo o Brasil: o 'Movimento HotSpot'. A programação contará com shows de Manuela Rodrigues, BaianaSystem, Tais Nader, Dão e Velotroz, entre outros artistas (veja a grade completa abaixo).

Veja também:

Estão confirmadas também as presenças do roteirista, diretor e compositor João Falcão, curador do projeto na categoria Filme e Vídeo; do designer de moda Ronaldo Fraga, curador na categoria ideia e a curadora de design gráfico Mariana Ochs.

Durante dois dias, o festival apresenta, no Teatro Vila Velha, com programação extensiva no Passeio Público, trabalhos de música, fotografia, filme, arquitetura, design gráfico, ilustração, cenografia, beleza, moda e design, além de oficinas, palestras, encontros, shows e intervenções artísticas.

Veja a programação completa do evento:

SEXTA (24 DE MAIO)
15h00 – Recepção dos selecionados no Teatro Vila Velha 

17h00 – Abertura da exposição para o público 
Local: Teatro Vila Velha

17h30 – Encontro Paulo Borges/ Marcio Meirelles/ Sergio Gwercman 
Local: Cabaré dos Novos

18h00 –  Show de Manuela Rodrigues 
19h00 –  DJ (ainda sem nome fechado)
20h00 / 22h00 - Shows Neila Kadhi 
Local: Passeio Público

SÁBADO (25 DE MAIO)
10h00 – Abertura da Exposição
11h00 – Roda de conversa com João Falcão – Curador de Filme e vídeo
Local: Cabaré dos Novos

11h00 – Intervenção com Alberto Pita

15h00 / 16h00 – Roda de conversa Ronaldo Fraga (projeto Bio joias e desfile de inverno), com Vitorino Campos, Marcia Ganem, Goya Lopes, Robério Sampaio.
Local: Cabaré dos Novos

16h00 / 17h00 – Conversa sobre a Rádio amnesia - Rádio Livre
Local: Filme e Vídeo

17h00 / 18h00 – Mariana Ochs – (apresentação da trajetória e design gráfico)
Local: Cabaré dos Novos

17h00 – Shows de Tais Nader, Dão e Velotroz 
20h00 – Show do BaianaSystem
Local: Passeio Público

Premiação
O Movimento HotSpot recebeu 1642 inscrições pelo portal oficial. Um total de 303 propostas foram escolhidas para integrar o festival de criatividade, que vai rodar por nove cidades brasileiras. Um grupo de curadores experts em suas áreas será responsável por escolher os melhores projetos. 

Todos os vencedores receberão um prêmio de 10 mil reais. O vencedor na categoria Ideia contará ainda com até R$ 200 mil para a realização do seu projeto, e na categoria Moda o premiado receberá até R$ 150 mil para desenvolver uma coleção, que será apresentada no São Paulo Fashion Week ou no Fashion Rio.




quinta-feira, 16 de maio de 2013

O Ilê Axé Omi Ijexá 

fica em Salvador - Bahia / Brasil

no bairro: Dique Pequeno, nº 40 

na Avenida Vasco da Gama 
(Dique do Tororó)

Ponto de Referência: 
em frente ao Centro Comunitário 

do Dique Pequeno 
ou terceira entrada a direita.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Orgulho dos Cachos

Dona de um cabelo cacheado lindo, Jéssica Ellen, a Rita de Malhação, nem sempre teve orgulho dos seus cachos, mas agora adora deixá-los soltos e perfeitos! Conversamos com a atriz para descobrir seus segredos. Confira:


Você sempre assumiu seus cachos?
Infelizmente, não. Teve uma época na escola que o meu cabelo era alvo de piadas e isso me deixava tão triste que acabei alisando. Mas essa fase passou e sou muito feliz com minha escolha. #orgulhocachos!
Qual é a sua rotina de cuidados com seus cachos?
Sempre lavo o cabelo com xampu e condicionador para cabelos cacheados. Também faço hidratação a cada 15 dias e cauterização, uma hidratação mais profunda, de dois em dois meses.
Pode listar seus produtos favoritos para cuidar dele?
Uso óleo para pentear da marca Bio Extratus e creme para pentear das marcas Dove e TRESsemmé.


E o corte, como ele é? Você deu opinião na hora de cortar?
O novo corte foi feito para marcar a mudança de ano da Rita no colégio Quadrante. Tem umas mechas mais longas, é um corte desconexo, bem moderno. A ideia foi do Sergio Azevedo, chefe de caracterização de Malhação.
Tem algum truque especial para deixar os cachos lindos?
Meu truque é colocar o creme de pentear no cabelo ainda úmido e esperar secar naturalmente.




Quais são seus penteados favoritos?
Amo usar meu cabelo solto! Uso faixas grandes e coloridas, 
coques altos, mas tudo depende do dia.


Costuma usar acessórios de cabelo? Quais?
Faixas e grampos, principalmente.
Inspira-se em alguma famosa para cuidar deles?
Não me inspiro em uma pessoa em específico, mas admiro todos os cabelos bem cuidados. Não só os cacheados!
E aí, gostaram das dicas de Jéssica?




Fontes:





quarta-feira, 8 de maio de 2013

Com entrada gratuita, projeto leva shows musicais para cinemas de Salvador


Além das apresentações, a programação conta ainda com filmes com temas musicais e mostra de videoclipes



Quem gosta de música e cinema já pode comemorar. Isso porque o projeto Sala de música promove uma programação especial dedicada às duas linguagens no circuito Sala de arte em Salvador. São shows, filmes com temática musical e uma mostra de videoclipes que acontecem quinzenalmente de abril a agosto.

Os shows estão programados sempre para as segundas-feiras, com entrada franca, no Cinema da UFBA ou do Museu. As atrações são Dão (que estreou o projeto na última segunda, dia 26 de abril), Mou Brasil, Mateus Aleluia, Dois em Um, Pedro Rosa de Morais, Sertanília, Luciano Calazans, Tiganá Santana, CH Straatman e Marcela Bellas.

Veja outras notícias de música no iBahia
Já os filmes serão exibidos sempre às terças-feiras, no Cine Vivo. Entre os destaques estão 'Eaí, Hendrix?', de Pedro Paulo Carneiro, 'Paulo Moura', de Eduardo Escorel, 'Noel Rosa', de Dacio Matta, 'Filhos de João', de Henrique Dantas, e 'Recife Beat', de Pedro Paulo Carneiro, todos com um bate-papo depois da exibição com seus respectivos diretores. 

Uma mostra de videoclipes também integra a programação especial. Os clipes serão exibidos antes dos filmes da programação normal do Cine Vivo, todas as quartas-feiras. Confira a programação completa:


segunda-feira, 6 de maio de 2013

Continua ... parte 2


CACHOEIRA
Os acontecimentos de Mateus começam na Cachoeira natal. O movimento dos terreiros e das igrejas católicas constituiu seu fundamento musical, que primeiro o levou às aulas no concerto escolar e, depois, às primeiras apresentações por trocados. “No Recôncavo, somos filhos do canto e da dança”, ele diz, num segundo encontro, no Largo de Santo Antônio Além do Carmo, local escolhido pelo próprio Mateus “por espelhar Cachoeira”.

Filho mais novo de uma família de 15 irmãos, esteve sempre atento às conversas, habilidade para sempre validada quando pescou que um certo conjunto que executava boleros, inspirados no Trio Irakitan, procurava integrante; fez teste. A entrada de Mateus em Os Tincoãs desencadeou a mudança já pensada por Heraldo e Dadinho. Saíram os romances de origem cubana, chegaram os sambas de roda. A identidade trouxe shows, mas também afastou as gravadoras. “Os selos não compreendiam o que fazíamos”.


A inevitável mudança para o Rio em busca de estúdio, em 1969, só se justificaria quatro anos depois, numa apresentação no programa Amigo da Madrugada, na Rádio Globo, do jornalista e produtor Adelson Alves, àquela altura responsável por lançar Clara Nunes. Houve chuva forte, seguida por problemas no microfone e um erro na escalação das atrações, que incluiu mais nomes do que tempo. Houve, por fim, três minutos para a trinca expor Sabiá Roxa, que seria uma das faixas fortes do primeiro LP.
“Lembro de ficar paralisado com a união das três vozes: iam na mesma direção, desenhavam algo inédito”, recorda Alves, condutor do grupo até a gravadora Odeon. “Era o caminho para as pessoas entenderem que a música oriunda da cultura negra não tinha apenas os exotismos do ritmo, mas um perfil harmônico”.
As críticas sobre o trabalho percorreram o caminho. Uma delas, publicada em fevereiro de 1974, no jornal O Globo, alude ao “único grupo no País que conseguiu traduzir nossas tradições negras através de canções de imensa beleza plástica”.
Mateus exibe um riso aflito frente aos adjetivos, sobretudo aos que colocam no lugar de mentor ideológico. Diz que é só limpar a vista para compreender o processo. “Estávamos na esteira de um Brasil desejoso por usar um figurino seu. O que fizemos, cedo ou trade, seria feito”.


CORDEIRO
Muitas das canções do trio falam de dor e fé. Cenas da senzala, que remontam a diáspora, tingem, sobretudo, os discos posteriores, Africanto (1975) e Os Tincoãs (1977), esse com as faixas Cordeiro de Nanã e Atabaque Chora – “quero contar um sofrimento que eu passei sem razão”, diz uma; “meu atabaque vendo o meu pranto rolar, também se pôs a chorar”, responde a outra.
Esse calundu profundo, como pela contiguidade. “Quem não veio naqueles navios?”, pergunta Thalma de Freitas, que regravou Cordeiro de Nanã em seu EP de 2004. “Quando adolescente, eu vivia com uma fita K-7 com essa música. Cordeiro é uma canção metafísica”, ela diz. O trabalho rendeu ainda o videocast Compacto (2010), em que Thalma canta ao lado de Matheus. “Lembro que conversamos, sobretudo. É prazeroso ouvi-lo e aprender”.
A Fala de Mateus tem, de fato, um tom professoral. Sem assertivas, no entanto, pega reticências e vírgulas, longos vãos. Profere como quem busca algo. Muito desse aspecto está em O Milagre de Candeal (2004), documentário de Fernando Trueba sobre o projeto social de Carlinhos Brown. Matheus, que deveria executar apenas uma canção na fita, tem papel de cicerone: apresenta Salvador.
“Notei que ele aglutinava gente em torno de suas histórias, em especial sobre a África”, diz Trueba, referindo-se ao momento em que decidiu alterar o roteiro para ganhar um guia. “Ninguém se esforça mais para compreender a vastidão do continente africano do seu Mateus”.

CANTO
Ao olhar as fachadas coloridas do Largo de Santo Antônio, Mateus põe uma lágrima na garganta que, na ponta de seu discurso vagaroso, encontra lastro: a arquitetura tão própria de sua região exibe também Heraldo e Dadinho – o primeiro, morto em 1976, e o segundo, em 2002, data final de Os Tincoãs. “Não era só cantar certo, mas cantar com irmandade. É o outro saber como você respira, como emite a nota, quando arrefece ou quando aquece. Nós tínhamos um parentesco vocal”.
As paredes, por outro lado, sugerem os 19 anos (de 1983 a 2002) que ele passou em Luanda, em Angola, ao lado de Dadinho, em um hiato criativo que não culminou com a morte do parceiro, mas com um pedido do próprio: que Mateus continuasse a erguer o canto. “Assim tenho feito, talvez não com a velocidade do mundo, mas com a que meu tempo e o tempo de Deus permitem”, ele diz, despedindo-se para sacar da garganta uma cantiga sobre mares e trovões, negros e Brasil, e jogar no ar sua missão-arte.

Por: Mu!to A Tarde
Texto Eron Rezende (eron.rezende@grupoatarde.com.br)
e Foto Fernando Vivas (fvivas@grupoatarde.com.br)





sábado, 4 de maio de 2013

O Poeta Negro

A voz é uma orquestra. Ele disse, quase para si, suficiente para lotar o espaço. Silenciou o estúdio. Porque pouco ia dar aquela discussão sobre notas musicais se a canção não girasse no básico. “Há maneiras sérias de não dizer nada, mas só a voz da música é a verdadeira”. E ergueu o olhar, para entoar o seu canto.
A voz de Mateus Aleluia, 68, é retinta como a sua pele. Tem gravidade de terra ressequida pelo sol – cenário impreciso, mas sempre próximo. “Voz de quem sabe”, diz o maestro Ubiratan Marques, arranjador, naqueles dias de gravação. “Mas arranjar o que, se estava tudo ali, claro como céu claro?”. É que seu Mateus, como todos o tratam, misto de reverência e saudação, habituou-se desde cedo a fazer sua própria companhia; prescinde dos sons de fora, modulando as cordas vocais, como eco do músico que é intumescido pelo verbo.

“Gosto quando tem gente tocando, mas penso que algo sobra; minha voz é minha forma, compreendo assim”. Lição que passa à frente desde Deixa a gira girar (1974), disco gênese do grupo Os Tincoãs, formado com Heraldo e Dadinho. A canção que dá nome ao trabalho traz tudo: violão e atabaque feito moldura leve para versos que rezam deuses e costumes da África, três vozes que pontilham o Atlântico para ligar territórios.
A capacidade de traduzir os verbos do candomblé em música popular, efeito marcado nas composições do grupo, já esteve em regravações de João Gilberto (com participação de Caetano e Gil), Martinho da Vila, Margareth Menezes, Carlinhos Brown, Mariene de Castro...


No primeiro encontro com MUITO, em seu apartamento, no Rio Vermelho, Mateus volta-se pouco ao passado. Não há aspereza na atitude, mas a postura do homem que não quer falar do seu ofício como algo consumido. Na sala, há pilhas de pastas coloridas com letras já escritas (“olhando para elas, tenho a sensação de que as ideias não se esgotarão”), máscaras polinésias (“adoro monstros imaginários, mas fico apavorado com monstros reais”), discos de Debussy, Mozart, Chopin (“música clássica é aula”). Há, oscilando entre seus dedos, o convite ao presente, seu primeiro álbum solo, Cinco Sentidos (2010), que ainda lhe ocupa as madrugadas. 
“Fico atraído por essa coisa misteriosa que é a gravação sonora. Há uma beleza no estúdio semelhante ao milagre da gestação”, diz, sobre os três anos de preparação do trabalho. “Mas não consigo ver o filho pronto. Esse CD é um passo”.
A incompletude, costumeira na fala de Mateus, vem de sua ideia de rascunho, de que é possível trabalhar por toda a vida numa única música sem tê-la de forma completa. Por isso, pôs-se a revisar o repertório de Os Tincoãs e a resgatar registros inéditos como quem busca um “a ver” diferente. Colocou 11 canções em Cinco Sentidos, deixou outras tantas de fora, material suficiente para novos álbuns. “Mas seu Mateus caminha sem produto, como se a brincadeira fosse montar e remontar os quebra-cabeças” lembra Ubiratan.


E eis, então, porque uma pergunta sobre o lançamento de um trabalho posterior a Cinco Sentidos soa tão pertinente e insensata. Porque da mesma forma que o novo é intrínseco ao processo, ele põe ruído no lento avanço simultâneo de palavras e seus sons, cujo ponto final jamais pingará no horizonte. Depois de feita, no entanto, a pergunta origina outra, essa de Mateus, retórica. “Existe algo mais forte do que o turbilhão dos acontecimentos? Eu não conheço. Por isso, me permito escorregar para dentro deles”.




continua...





quinta-feira, 2 de maio de 2013

Festival de Cinema Francês chega sexta (3) a Salvador; confira programação


Dos 15 filmes que estão na programação, 14 chegam aos cinemas soteropolitanos



Dos 15 filmes que integram a programação do Festival Varilux de Cinema Francês, 14 chegam aos cinemas de Salvador. O evento acontece de sexta-feira, 3 de maio, a quinta-feira, 9 de maio, no Espaço Itaú de Cinema - Glauber Rocha e Cinema do Museu, no circuito Sala de arte.

Veja também:
Festival de cinema francês é confirmado em Salvador em maio
O drama 'Ferrugem e Osso', com a musa francesa Marion Cottilard, um dos destaques mais esperados do festival é o único filme que não entra na programação de Salvador."É por uma questão técnica. Os cinemas de Salvador não tem DCP, tecnologia na qual o filme chegou ao país", explicou a produção do festival no Facebook.

Dos destaques estão ainda 'Aconteceu em Saint-Tropez', com Monica Bellucci, 'Camille Claudel 1915', com Juliette Binoche e 'Adeus, Minha Rainha', com Léa Seydoux. De comédia a thriller, o evento acontece em 40 cidades brasileiras, em um total de 80 salas de cinema, tornando-se o maior festival de cinema digital do Brasil.Confira a programação completa em Salvador: 



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