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domingo, 10 de junho de 2012

Hoje é Dia da Raça


Vários nomes têm sido atribuídos à data de 10 de Junho, tais como, Dia da Raça, Dia de Portugal, Dia de Camões, Dia das Comunidades. Qualquer dessas designações, para mim, tem cabimento. 

O certo, porém, é que alguns fundamentalistas de esquerda logo se insurgiram contra o Presidente da República pelo fato de ele, descontraidamente, numa interpelação feita por um jornalista, na rua, se ter referido ao Dia da Raça, pretendendo aqueles atribuir a essa designação um sentido pejorativo (casta, etnia…), que não estava na mente daquele. Ao contrário, estava, sim, um sentido de capacidade, ambição…

Na verdade, foi a “raça” dos portugueses de antanho que deram novos mundos ao mundo. Se esses portugueses tivessem sido da “raça” dos atuais contestatários àquela designação, certamente que Portugal já não existia há muito. Talvez fossemos hoje uma província de Espanha.


Felizmente, porém, que muitos portugueses há que nem sequer se dão ao trabalho de se preocuparem com esse tipo de atitudes de uns tantos que se encontram bem instalados no ar condicionado de S. Bento onde a “bica” é baratinha. Faz parte daqueles muitos portugueses, certamente, o modesto Senhor, de profissão Alfaiate, que o Chefe de Estado condecorou, a par do nosso conterrâneo Augusto Gonçalves, para quem vão os meus sinceros parabéns. Isto numa cerimônia em que, ainda bem, foram exaltadas as garbosas Forças Armadas e se ouviu o Hino Nacional e o “Alleluia” cantados, com “raça”, pelos jovens da Academia de Música de Viana do Castelo, bem acompanhados pela sua Orquestra Filarmônica.


Os críticos da palavra do Chefe de Estado são, afinal, sempre os mesmos, os que têm imensas preocupações com o que se passou nos perto de 50 anos de ditadura, e ficam cegos com aquilo que de bom se passou nesse tempo, porque a verdade é que nem tudo foi reprovável, quer se queira quer não. 


Basta referir um pequeno pormenor: a ditadura mandou construir uma ponte a ligar as duas margens do Tejo, em Lisboa, sob forte contestação de movimentos esquerdistas da altura (não foi assim, sr. Arq. Nuno Portas). Essa ponte foi construída com dinheiro português, por operários portugueses, ficou operacional com 6 meses de antecedência relativamente ao prazo estipulado e sem derrapagem financeira e foi baptizada como Ponte Salazar.


Pois bem, logo que a ditadura foi derrubada, uma das primeiras medidas emblemáticas tomadas pelo novo poder foi a de arrancar as letras “SALAZAR” e colocar em sua substituição as de “25 de Abril”. Os autores dessa medida ficaram radiantes, certamente.
O tempo foi passando, as portagens foram sendo cobradas, devidamente atualizadas, de tal forma que os custos dessa obra foram amortizados há já muitos anos. Mas as portagens continuam.


Quando o governo decidiu construir a nova ponte Vasco da Gama, já não só com dinheiro dos portugueses, e com muitos trabalhadores estrangeiros, o governo meteu no mesmo saco a ponte Salazar e vai de decidir de uma forma tal que, para as portagens da nova ponte não dispararem, entregou de mão beijada a um consórcio francês a construção da nova e a exploração, pelo mesmo consórcio, das duas pontes


E fixou-se então o IVA nos 5%. 
Até que, agora, vem o Tribunal de Justiça Europeu condenar o governo português e dizer que o IVA a pagar pelos utilizadores teria de ser de 21% (agora 20%) e não de 5% como tem sido até aqui. Ou seja, se a Ponte 25 de Abril continuasse a ser explorada pelo Estado, o utente só pagava 5% de IVA…
Os fundamentalismos e a má gestão da coisa pública, de que ressaltam as enormíssimas derrapagens financeiras e o não cumprimentos dos prazos de execução nas obras adjudicadas pelo governo, têm destas coisas: o povo que se lixe!
Nós precisamos é de gente com “raça”!


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