NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DA PRAIA
Com
novena iniciada a 29 de novembro, na Basílica de Nossa Senhora da
Conceição da Praia, dá-se início aos festejos da padroeira do estado da
Bahia e do “comércio desta valorosa e heróica cidade” do Salvador. Nos
primeiros dias de dezembro, a ruas adjacentes ficam lotadas de barracas,
compondo uma das mais animadas festas populares de Salvador, com
samba-de-roda, bebidas e comidas típicas. No dia 8, são celebradas
missas de meia em meia hora, com missa solene às 10 horas. Após a missa,
acontece a procissão secular, encerrando a parte religiosa.
A história conta as origens da festa. Em 8 de dezembro de 1147, logo após a retomada de Lisboa aos mouros, por D. Afonso I, fundador da nação portuguesa, era celebrada uma missa em louvor à Nossa Senhora da Conceição da Enfermaria. Daí por diante, toda história de Portugal, especialmente as navegações, colocou-se sob as bênçãos da Imaculada Conceição.
Em 1549, o primeiro governador geral do Brasil, Thomé de Sousa, chegava à Bahia a bordo da nau capitânia, denominada Nossa Senhora da Conceição. Assim que desembarcou, fez erguer uma capela na praia, dedicada à Virgem da Conceição, dando início aos atos religiosos na futura cidade do Salvador.
Em 1707, já acontecia a procissão, sabendo-se que ia até o Terreiro de Jesus, com as ruas enfeitadas em todo o seu trajeto. Em 1912, a procissão atingia o largo da Piedade mas, a partir de 1930, a Irmandade determinou que o cortejo ficasse limitado às principais ruas do comércio.
História
Situada no sopé da montanha que liga a cidade Alta à Baixa, é a
terceira construída no local; e todas, sobre o assentamento da primitiva
ermida erigida por Tomé de Sousa quando da fundação da cidade, em 1549.
Em 1623, o templo é elevado à Matriz da Nova Freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Praia e, em 1736, as confrarias do Santíssimo Sacramento da Imaculada Conceição decidem reedificá-lo. O projeto, atribuído a Manuel Cardoso de Saldanha é enviado de Portugal para ser executado em lioz.
A atual igreja foi iniciada em 1739 e inaugurada em 1765, mas suas obras só foram concluídas em 1849.
As plantas foram feitas pelo engenheiro militar Manuel Cardoso de
Saldanha, sendo que o executor dos materiais foi o mestre pedreiro
Manuel Vicente. O mestre pedreiro arquiteto Eugênio da Mota, de Portugal, preparou as pedras e acompanhou seu transporte para Salvador, ficando responsável também pela edificação do monumento.
O objetivo foi criar uma edificação destinada ao culto religioso. A
construção compreende além da Igreja, dois corpos laterais que abrigam
atividades das Irmandades do Santíssimo Sacramento e da Imaculada Conceição.
Seu interior possui a primeira demonstração mais completa do barroco de D. João V no Brasil, destacando-se a pintura do teto da nave que obedece à concepção ilusionista barroca de origem italiana de autoria de José Joaquim da Rocha. A monumentalidade de sua fachada, de características neoclássicas, é realçada pela implantação das torres em diagonal.
Em 1942 foram feitos reparos na Igreja e restauração de portas pelo IPHAN. Em 1947, substituição das mesas de madeira dos oito altares laterais por mármore; 1956, obras de conservação e limpeza: reparos de emergência; 1959, obras de conservação e pintura; 1969/70, limpeza e recuperação da pintura e talha dourada pelo IPHAN; 1971, obras de estabilização e restauração da Igreja, realizadas sob orientação do IPHAN. A última restauração ocorreu em 1991,
quando o templo teve sua estrutura totalmente recuperada com recursos
das empresas do pólo petroquímico, repassados através do plano de
comunicação social do COFIA – Comitê de Fomento Industrial de Camaçari.
A Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia é tombada pelo IPHAN desde 1938. É dedicada à padroeira da cidade. Dela partem os cortejos das festas do Senhor Bom Jesus dos Navegantes (1º de janeiro), Conceição da Praia (8 de dezembro) e de Santa Luzia (13 de dezembro).
No Candomblé
Oxum
Oxum, na religião yoruba, é uma orixá que reina sobre a água doce dos rios, o amor, a intimidade, a beleza, a riqueza e a diplomacia. Também é um orixá do candomblé. Oxum é dona do ouro e da nação ijexá. Tem o título de Ìyálòdè entre os orixás.
Osun, Oshun, Ochun ou Oxum, na Mitologia Yoruba, é um orixá feminino. O seu nome deriva do Rio Osun, que corre na Iorubalândia, região nigeriana de ijexá e Ijebu. Identificada no jogo do merindilogun pelos odu ejioko e Ôxê, é representada pelo candomblé, material e imaterialmente, por meio do assentamento sagrado denominado igba oxum.
É tida como um único Orixá que tomaria o nome de acordo com a cidade por onde corre o rio, ou que seriam dezesseis e o nome se relacionaria a uma profundidade desse rio. As mais velhas ou mais antigas são encontradas nos locais mais profundos (Ibu), enquanto as mais jovens e guerreiras respondem pelos locais mais rasos. Ex.: Osun Osogbo, Osun Opara ou Apara, Yeye Iponda, Yeye Kare, Yeye Ipetu, etc.
Em sua obra "Notas Sobre o Culto aos Orixás e Voduns", Pierre Fatumbi Verger escreve que os tesouros de Oxum são guardados no palácio do rei Ataojá. O templo situa-se em frente e contém uma série de estátuas esculpidas em madeira, representando diversos Orixás: "Osun Osogbo, que tem as orelhas grandes para melhor ouvir os pedidos, e grandes olhos, para tudo ver. Ela carrega uma espada para defender seu povo."
O Festival de Osun é realizado anualmente na cidade de Osogbo, na Nigéria.
Dia: Sábado
Cores: Amarelo – Ouro
Símbolo: Leque com espelho (Abebé)
Elemento: Água Doce (Rios, Cachoeiras, Nascentes, Lagoas)
Domínios: Amor, Riqueza, Fecundidade, Gestação e Maternidade
Saudação: Eri Yéyé ó!
Qualidades de Oxum
- Kare - veste azul e dourado, cor do ouro. Usa um abebé e um ofá dourados.
- Iyepòndàá ou Ipondá - é a mãe de Logunedé, orixá menino que compartilha dos seus axés. Ambos dançam ao som do ritmo ijexá, toque que recebe o nome de sua região de origem. Usa um abebé (espelho de metal) nas mãos, uma alfange (adaga)[3], por ser guerreira, e um ofá (arco e flecha) dourado, por sua ligação com Oxóssi. É uma das mais jovens.
- Yeyeòkè
- Iya Ominíbú
- Iya Omérìn
- Ajagura
- Ijímú
- Ipetú - YEYE IPETU é uma Oxun de culto muito antigo, no interior da floresta, na nascente dos rios, ligada a Ossaiyn e principalmente a Oyá dada a sua ligação com Egun.
- Èwuji
- Abòtò
- Ibola
- Gama (Vodun feminino da mesma energia de Sakpatá, incorporado ao culto Yorubá através de sua concernente Oxum)
- Oparà ou Apará - qualidade de Oxum, em que usa um abebé e um alfange (adaga) ou espada. Caminha com Oya Onira, com quem muitas vezes é confundida. Diferente das outras Oxuns por ter enredo com muitos Orixás, vem acompanhada de Oyá e Ogum.
Ora Yê Yêoh Minha Mãe Oxum ! ! !
VIVA N. S. da CONCEIÇAO da PRAIA
RAINHA E PADROEIRA DA BAHIA ! ! !
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