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quarta-feira, 10 de julho de 2013


Ação do bem

No Ceará, escola desenvolve projeto 
contra homofobia em sala de aula.



por Redação MundoMais




CEARÁ - A Escola Estadual de Ensino Médio Nazaré Guerra, localizada no município de Itatira, 
distante 216 km de Fortaleza, inova no combate ao preconceito. A instituição implementou 
um programa de combate ao bullying homofóbico e de conscientização da diversidade sexual. 
O projeto teve início no começo deste ano, entre março e abril. Usa de vídeos, aulas 
e oficinas para esclarecer alunos.
A literatura também é muito utilizada durante as aulas do projeto. Segundo o professor 
coordenador do projeto, Francisco Wesley Carlos Sales, a intenção do programa é, 
também, transformar por meio da literatura. "Queremos transformar por meio de
livros clássicos. Perguntamos, por exemplo, se Romeu e Julieta fossem um casal gay, 
os alunos ainda iriam gostar?", diz Francisco.
Francisco afirma que as atividades ocorrem dentro do Núcleo Trabalho, 
Pesquisa e demais Práticas Sociais (NTPPS), um programa de Reorganização 
Curricular da Secretaria de Educação do Ceará (SEDUC), que aborda temas 
como drogas, doenças sexualmente transmissíveis, problemas familiares, 
meio ambiente e outros assuntos. "Estamos nos baseando no livro 
Saúde da Escola, que nos foi fornecido. Dentro deste material, tinha o assunto 
sobre diversidade sexual", afirma Francisco.
Com o tema Literatura e Diversidade Sexual, a Escola Nazaré Guerra 
pretende conscientizar os alunos desde os primeiros anos do colégio. 
"Queremos que os alunos cheguem já sabendo que a escola está com 
a preocupação de acabar com o preconceito", esclarece o professor. 
A diretoria da escola dá total apoio ao projeto, segundo Francisco. 
"Esse projeto veio para ajudar a gestão. A escola está sendo 
pioneira no assunto, pelo que a gente sabe", diz.
Antes de implantar o projeto, a instituição realizou uma pesquisa 
entre os alunos para saber o que eles achavam da diversidade sexual. 
Foram ouvidos 251 alunos. Trinta por cento deles apresentavam 
preconceitos e 20% já haviam presenciado atos de intolerância a 
homossexuais. "Depois do projeto, o preconceito diminuiu", conta Francisco.

A criação do projeto por parte da escola se deu por vários fatores. 
"A gente vê ainda que existe um preconceito dentro da escola, como 
brincadeiras. Agimos dentro da escola para que os alunos possam agir fora", 
explica Francisco. A ideia do projeto é expandir as ações. 
"Futuramente, a gente quer disseminar o projeto para o município todo, 
para todas as escolas", completa o professor.

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