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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Pessoas que tiveram agressões homofóbicas

Gays contam como seguiram suas vidas após passarem por 

agressões homofóbicas


Marcelo (esq.), Leonardo e Diana: a vida segue

MIXBRASIL

O que muda na vida de uma pessoa após ela ser vítima de uma situação homofóbica? O Mix conversou com três pessoas, do Norte ao Sul do Brasil, para saber como elas lidam com a situação após serem agredidas apenas por serem LGBT. Ser homossexual em um País em que, de acordo com o Grupo Gay da Bahia (GGB), só em janeiro de 2014 ocorreram 42 mortes de homossexuais não é fácil.

Da capital de Pernambuco, Recife, Diana Madalena, de 33 anos, conta que “no Nordeste estamos muito desamparados. A realidade é gritante, falta orientações aos gays. A polícia só cuida do tráfico”, alegando que a Justiça não pune atos homofóbicos. Já no Sul, o professor de EnsinoFundamental Leonardo Rocha diz que existe demasiada homofobia nas escolas. “Aqui em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, o preconceito vem até dos próprios colegas professores.” Eles são pessoas que sofreram algum tipo de homofobia durante a vida, e nos contam como lidam com a situação.

“Eu sofri bullying na escola, começou mesmo na quarta série. Sempre fui um garoto muito quieto e vivia no meu grupo de amigas, éramos quatro. Na escola que eu estudava, quando você entrava em uma turma, ficava nela até terminar os estudos, por isso foi muito difícil. Meus colegas de sala me chamavam de viadinho e outras coisas que preferi esquecer. Eu era excluído na escola”, lembra Leonardo. Ele diz que precisou fazer tratamento psicológico pelo fato de ter sofrido intensos ataques dos rapazes durante a adolescência.

“O tempo passou, quando entrei no Ensino Médio pensei que tudo mudaria, já que eram pessoas novas na sala. Mas mesmo assim evitei expor minha sexualidade. Eu até tentei pensar e me assumir, mas teve um caso na escola que me chamou atenção. Dois alunos da escola foram chamados à diretoria para uma conversa séria, já que eles deram um selinho na hora do intervalo.” Leonardo diz que após o trauma na escola, ele entrou para a faculdade onde conseguiu maior amadurecimento. “Acabei virando professor, voltei para o mesmo ambiente que antes sofria bullying, agora o preconceito é dos próprios colegas de trabalho”, declara o professor.

Para ele, o preconceito é velado e a culpa pela homofobia é passada para terceiros. “Quando você está em uma escola particular eles dizem que não são homofóbicos, mas precisam tomar algumas atitudes pois são pedidos dos pais.” Ele diz que em sala de aula tenta estimular os alunos a refletirem sobre diversos preconceitos e é quando ocorrem os conflitos entre a direção da escola e os outros professores.

Enquanto isso, no Nordeste…

De Recife, Diana Madalena diz que quase foi agredida dentro de um ônibus. “Eu estava pegando o transporte público com a minha namorada. Um homem levantou do lugar e fez questão de ficar em pé do nosso lado, quando começou a olhar para nós duas com um ódio mortal e ficou nos encarando como se fosse fazer algo, até que um policial paisano que estava ao nosso lado levantou e perguntou se tinha algum problema. Ninguém sabia que o rapaz que estava questionando era policial. Enquanto o rapaz não se identificou como autoridade, o homem começou a querer a discutir e falar mais grosso. No ponto seguinte, o homem desceu nos xingando, e todos ouviram.”

Depois deste episódio, Diana diz que evita andar de mãos dadas com a namorada, inclusive ficar em lugares abertos com ela. “Agora evitamos sair para boates e bares, nosso lazer é uma praia de dia, e às vezes beber, mas em casa.” Para Diana é necessário “mudar as leis, punir devidamente casos de homofobia e fazer com que estes crimes não sejam impunes”. Ela alerta que “até mesmo a própria polícia que deveria proteger na verdade tortura os homossexuais”.

Na selva de pedra

Em 2011, o advogado Marcelo Martins Ximenez ganhou a mídia por processar a doceria Ofner, em São Paulo, após ser informado por um segurança do estabelecimento que não poderia ficar abraçado com seu namorado - já que era um lugar de respeito e frequentado por pessoas de família e não “bichas” (lembre o caso aqui). Três anos depois de eles processarem a doceria e ganharem a causa, Marcelo faz parte da Comissão da Diversidade da OAB de Jabaquara, em São Paulo.

“Uma situação tão constrangedora e infeliz fez com que eu buscasse transformar minha vida profissional em um luta contra a homofobia. Depois do ocorrido, surgiu a oportunidade de eu fazer parte desta Comissão dentro da Ordem dos Advogados e agora eu posso ajudar pessoas que sofreram agressões não só verbais como eu, mas também físicas”, diz o advogado.

Para ele, transformar algo ruim faz bem. “Isso é bom, claro, eu passei a evitar a expor carinho com meu namorado em lugares públicos. Sempre ficamos atentos, entretanto, agora sei que posso ajudar outras pessoas.”


Homossexuais vítimas de assédio moral devem denunciar a prática, alerta advogada


Assédio moral deve ser denunciado, defende advogada

Pode começar com brincadeiras, insinuações e evoluir para situações constrangedoras e discriminatórias. Esta é a realidade vivenciada por muitos homossexuais no ambiente de trabalho. A advogada Chyntia Barcellos, vice-presidente da Comissão Especial da Diversidade Sexual do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e presidente da Comissão de Direito Homoafetivo da OAB-GO, explica que situações como esta podem ser enquadradas como assédio moral.

“Quando se tem a exposição do trabalhador a situações humilhantes e constrangedoras, estamos lidando com o assédio moral, caracterizado pelas condutas negativas dos chefes ou colegas no ambiente de trabalho. Este acarreta diversos prejuízos ao empregado, podendo levá-lo inclusive a desistir do emprego”, explica a especialista.

Ela acrescenta que qualquer pessoa pode estar sujeita ao assédio, contudo, pontua que os homossexuais estão entre os principais afetados. Além disso, destaca que, por medo do desemprego, muitos passam por tais situações calados, o que torna a realidade ainda mais preocupante.

“A humilhação repetitiva interfere na vida do trabalhador de modo direto, comprometendo sua identidade, dignidade e relações afetivas e sociais. O assédio moral ocasiona graves danos à sua saúde física e mental, pode evoluir para a incapacidade laborativa, desemprego ou mesmo a morte. Trata-se de um risco invisível, porém concreto nas relações e condições de trabalho. Daí vem a importância de denunciar tais casos”, alerta Chyntia.

A especialista ainda lembra de outros grupo bastante sujeito ao assédio moral: os portadores de HIV. “Denúncias desta natureza são muito comuns. Há casos em que o portador chega a ser demitido por ser considerado uma ‘ameaça’ aos demais. Vale lembrar que ninguém pode ser submetido aos testes de AIDS compulsoriamente. Estes deverão ser usados exclusivamente para fins diagnósticos, para controle de transfusões e transplantes, e estudos epidemiológicos, nunca para qualquer tipo de controle de pessoas ou populações”, explica.

Chyntia faz questão de enfatizar que assédio moral é crime. “O combate de forma eficaz ao assédio no trabalho exige o envolvimento de diferentes atores sociais, como sindicatos, advogados, médicos do trabalho, profissionais de saúde e outros. São passos iniciais para um ambiente de trabalho saneado de violências e que seja sinônimo de cidadania”, arremata.

evelação do futebol americano, Michael Sam admite que é homossexual


Publicado pelo DCM

Michael Sam, astro do futebol americano universitário e cotado para ser uma das grandes estrelas profissionais do esporte na próxima temporada, declarou ser homossexual, em um vídeo divulgado pelo The New York Times. Ele pode se tornar assim o primeiro jogador assumidamente gay da liga profissional de futebol americano dos Estados Unidos, a NFL. 
“Sou Michael Sam. Sou um jogador de futebol (americano) e sou gay”, disse Sam, que joga na defesa. “Quero apenas possuir minha própria verdade antes que alguém revele uma história a meu respeito.” 
Organizações de apoio aos homossexuais elogiaram a revelação feita por Sam. Sarah Kate Ellis, presidente da entidade Glaad, disse que o jogador “reescreveu o roteiro para incontáveis jovens atletas”. 
“Com a aceitação de pessoas LGBT crescendo em nossas terras – nas nossas escolas, igrejas e locais de trabalho -, está claro que a América está pronta para um astro do futebol abertamente gay”, disse ela em nota. 
A NFL colocou em seu site um comunicado dizendo admirar “a honestidade e a coragem” do jogador, de 24 anos. “Qualquer outro jogador com capacidade e determinação pode fazer sucesso na NFL. Estamos ansiosos por recepcionarmos e apoiarmos Sam em 2014.” 
O atleta deve ser recrutado por um time da liga e tornar-se profissional depois de se formar em dezembro na Universidade do Missouri, onde atuava na equipe da universidade, o Mizzou Tigers.

EUA: Garoto de 11 anos que tentou se matar por causa de bullying pode ficar cego e ter danos cerebrais irreversíveis

Michael Morones, de 11 anos, que tentou se matar no final de Janeiro depois de estar cansado do bullying que sofria na escolar por gostar do desenho “My Little Pony”, continua em coma em um hospital da Carolina do Norte, nos EUA.Nesta quarta-feira foi suspensa a medicação que o mantinha no coma e ele fez progressos indicando que em breve deverá acordar. Mas ele pode ter sofrido danos cerebrais severos, alertam os médicos que cuidam do garoto. Há a certeza de que ele sofreu danos cerebrais severos e pode ficar sem movimentos e até cego. Por ser jovem, sua recuperação poderá ser rápida e surpreendente, mas ainda é cedo para saber. No momento, o menino respira com a ajuda de aparelhos e está em uma unidade de tratamento intensivo pediátrica mas já mostra atividades cerebrais e reação a estímulos.

Michael foi encontrado pelos pais em seu quarto, enforcado. O menino havia reclamado dos comentários dos colegas de escola que o chamam de gay e feio com frequência. Michael  teria ficado muito tempo sem oxigenação no cérebro e os médicos já o submeteram a diversos procedimentos cirúrgicos mas seu real estado só será possível de ser avaliado depois que ele despertar.

A comunidade “Brony”, de fãs do desenho, já arrecadaram mais de 70 mil dólares (R$200 mil) para ajudar nas despesas médicas de Michael. A sua recuperação será lenta e não se sabe ao certo qual serão os danos que ele sofreu e se serão permanentes. Segundo sua mãe, Michael amarrou uma corda em torno de seu pescoço e se pendurou na beliche em seu quarto. “Ouvi de muitas pessoas que seu deveria ir atrás dos responsáveis pelo bullying e responsabilizá-los, Mas sabe, isso não era o que o Michael ia querer. Eu prefiro ensinar as pessoas a fazer o certo do que puni-las, porque a punição nem sempre funciona”, afirma a mãe do menino.

A Carolina no Norte é um dos 49 estados dos EUA a ter lei de prevenção ao bullying. A escola planeja uma reação com a implementação de um programa antibullying depois da tragédia que ocorreu com Michael. Outro aluno em 200 se suicidou no ginásio da escola onde Michael estudava.

Menina de 7 anos pede igualdade de gênero nos bonecos da Lego



Publicado pelo Dezanove 
Charlotte Benjamin é uma menina de 7 anos que adora brincar com Legos, mas considera que existe uma desigualdade muito grande entre os bonecos masculinos e femininos. 
Por isso, Charlotte decidiu, com a sua própria letra, fazer chegar uma carta à empresa Lego, apelando para que as bonecas da Lego também “fossem em aventuras e se divertissem”, tal como acontece com os bonecos. 
A questão tem sido bastante discutida por levantar uma questão de estereótipos de gênero que ainda hoje estão presentes de várias formas na sociedade.

“Tudo o que as bonecas fazem é ficarem em casa sentadas, ir à praia e ir às compras. Não trabalham, enquanto os bonecos masculinos trabalham, salvam pessoas e até nadam com tubarões”, lê-se na carta que faz sucesso nas redes sociais. 
A Lego já respondeu à carta viral de Charlotte admitindo que a marca sempre foi “mais apelativa aos rapazes” mas estão “focados em incluir mais personagens femininas em temáticas que convidem mais meninas” a construir com a Lego. 
A resposta oficial da Lego está no:

Fonte:
http://www.homensquentes.com.br/2014/02/minha-vida-gay_14.html




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