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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Leymah Gbowee: Nobel da paz


Quando criança, a liberiana Leymah Roberta Gbowee, 42, era chamada de red (vermelha), por sua pele ser mais clara do que a de outras crianças. Desde que se tornou conhecida no mundo, ganhou novo apelido: Peace Warrior, guerreira da paz. Adolescente, no início da guerra civil na Libéria - quando grupos armados tomaram o poder e nele permaneceram até 2003, deixando um saldo de 250 mil mortos e 50% da população feminina vítima de estupro -, Gbowee e sua família foram forçadas a percorrer o país, testemunhando o que ela chama de ponto de virada. "Passei de criança a adulta em poucas horas". No final dos anos 1990, matriculada na faculdade de assistência social, Gbowee iniciou um trabalhado voluntário focado na reabilitação de crianças-soldado, que seria embrião do seu ativismo. "Uma noite sonhei com uma voz que me dizia para reunir mulheres, pois, juntas, iríamos acabar com a guerra. Acordei, corri para a igreja e contei ao pastor. Ele disse: 'O sonho é seu, você deve honrá-lo'". Gbowee mobilizou centenas de liberianas para pôr fim ao conflito. Vestidas de branco, rezaram, fizeram greve de fome e sexo, ocuparam as ruas para apressar a saída do ditador Charles Taylor. Sua história está narrada no livro Mighty be our powers (lançado pela Cia. das Letras, com o título Guerreiras da Paz), no documentário Pray the Devil back to hell (Reze para o Diabo voltar ao inferno, 2008), no seu discurso na entrega do Nobel da Paz em 2011 - que recebeu ao lado de Ellen Johnson Sirleaf, atual presidente da Libéria, e da ativista iemenita Tawakkol Karman - e nas palestras que tem feito pelo mundo, como a que acontecerá em Salvador no dia 10 de setembro, no TCA. Nesta entrevista, Gbowee fala sobre a atual situação da Libéria e o sonho de ver a África em paz.
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