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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Nações de matriz africana unidas pela religiosidade


Representantes de bandeiras do candomblé e da umbanda de Minas Gerais lançaram, na última quinta-feira, o Fórum Mineiro de Religiões de Matriz Africana.

Na ocasião, foi apresentada a Carta de Minas Gerais, com algumas reivindicações e os objetivos que o fórum pretende implantar.

"O fórum é um espaço para discussões políticas das religiões de matriz africana. Observamos, por exemplo, um forte preconceito contra a religiosidade africana, e o combate a esse tipo de discriminação é uma de nossas diretrizes", diz Dikota Djanganga, coordenadora estadual do Coletivo de Entidades Negras de Minas Gerais (CEN/MG).

Segundo ela, outra questão importante que o fórum vai agregar em suas ações e reivindicações está relacionado à educação nas escolas, no sentido de cobrar o ensino da cultura e da religiosidade africana no currículo escolar. "Isso já se tornou lei, mas não foi discutido de que maneira esse ensinamento será transmitido. Para tanto, é preciso a experiência de vivenciadores para transmitir o conhecimento", avalia.

Sandra Bossio, diretora do Centro pela Mobilização Nacional e representante jurídica do CEN/MG, diz que o ensinamento da cultura e religiosidade de matriz africana nas escolas é uma questão fundamental que o fórum pretende trabalhar.

"A aplicação da lei não acontece, pois os professores não estão capacitados para transmitir a história da cultura e da religião. Há também a questão da intolerância. Existem educadores e diretores de escolas evangélicos que se negam a implementar a questão na grade curricular", afirma.

Um ponto positivo que Dikota Djanganga destaca na audiência de criação do fórum foi a grande participação de diversas bandeiras do candomblé e umbanda. "Fiquei muito feliz com a presença de diversos representantes. Tivemos a participação de gente do interior, o que demonstra uma forte intenção em reunir forças", avalia.

De acordo com ela, uma reunião já está agendada para a última semana do ano, para discutir ações e traçar estratégias e planejamentos para o próximo ano.

A coordenadora estadual do CEN/MG afirma que o Fórum Mineiro de Religiões de Matriz Africana será coordenado por representantes sacerdotais de todas as bandeiras e nações participantes. "O fórum é um espaço democrático, onde todos terão uma participação efetiva", conclui.

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